quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

AS PONTES

(Imagem: van Gogh)



sei que persiste a mudez igual a um país de pedra


sei que a solidão é feita de folha persistente


mas invento extravagantes estacas

a fim de amparar a água fala a fala



sei que os muros visitam a viuvez das madrugadas

sei que espadas iluminam a extensa cegueira do meu corpo

sei que são de sangue as grades como um grito de socorro


mas construo hieróglifos de claridade

para nomear as hélices de ubíquos navios



sei que soam estrondos de balas sob o sono dos braços

sei que se despenham caminhos entre dedos cansados

sei que a morte tem ameias como aranhas aprazadas

sei que as gaivotas se submetem aos carações de granizo


mas escrevo lábios e punhais flores e faluas fomes e pulsos

para que me iluminem as pontes

e nelas beba os lúcidos líros em que fremem os barcos

entre mãos mansas e abertas


sei do avanço do tempo e do sal sobre o torso da tristeza

mas iluminam-me as pontes que invento
em verbos onde jorram varandas janelas
na altitude do amor
no sem resto das lâmpadas livres

pois se reergo pontes é para respirar

luís filipe pereira

69 comentários:

Anónimo disse...

LUís Filipe,

quanta saudade dos seus versos, da qualidade iluminante que os faz ser pontes, ligando-nos as margens de nós mesmos. Magnífica toda a construção, tão profunda e tocante,como o poema persiste, afinal, nas pontes que levanta, conta o «país de pedra da mudez». Voltarei para reler e voltar a encontrar estacas de sentido sob as «Pontes".

Teresa Cadete

Anónimo disse...

Obrigada Filipe,
por continuar a construir-nos pontes, a lançar-nos o repto para que as ousemos lançar contra as "grades" da indiferença.
Parabéns!! Obrigada, Filipe!

joana Morais

Tere Tavares disse...

Que jamais deixem de recrudescer os verbos entre as margens, quer sejam feitas de límpidas águas ou miragens - vale navegar; beber a poesia filtrada em cada palavra.

Beijos

Anónimo disse...

Absolutamente deslumbrante este poema, densamente reflexivo e de alcance metapoético pela noção que lança acerca da construção do poema como labor de invenção de pontes.

M. J Seixas

manuela baptista disse...

de mãos mansas e abertas

leio-lhe as madrugadas

os navios
o granizo
os lírios
e a tristeza

na certeza da travessia destas pontes

muito belo, o seu poema!

um abraço

manuela

luís filipe pereira disse...

Eis-me muito grato a todos vós que, generosamente, de regresso até a este vosso espaço para ler e enriquecer este meu poema com vossos ecos, outro nome para pontes

grato

filipe

Anónimo disse...

caro Poeta,

dizer que a grandeza metafórica e imagética do poema é surpreendente e fabulosa,é tão verdadeiro como insuficiente, porque sob as Pontes há todo um caudal de sentidos, inquietações e metamorfoses que o espaço do poema suporta e eige.

parabéns!

M. Tavares

Lídia Borges disse...

"mas escrevo lábios e punhais flores e faluas fomes e pulsos

para que me iluminem as pontes

e nelas beba os lúcidos líros em que fremem os barcos

entre mãos mansas e abertas"

Há tanto de perfeição em certas coisas que se dizem e nos ecos que nos chegam delas.

L.B.

Mel de Carvalho disse...

Luís,
com renovado agrado me dou conta de que voltou a publicar, com a qualidade de sempre, com a genuinidade da sua palavra.

Deixo-lhe nota de meu apreço, da minha gratidão, deixo-lhe um saudoso e fraterno abraço, sublinhando este verso que destaco:

"... escrevo lábios e punhais flores e faluas fomes e pulsos
para que me iluminem as pontes
e nelas beba os lúcidos líros em que fremem os barcos
entre mãos mansas e abertas".

Belíssimo!

Mel

luís filipe pereira disse...

A todos, eis-me de novo (& sempre) genuinamente grato pela leitura, pelos ecos, pelas pontes de sentido que aprumam, enriquecendo assim o poema. às escritoras e poetas Tere Tavares, Lídia Borges, Mel de Carvalho, meu obrigado e minha admiração e estima pessoal e literária.

grato
filipe

Anónimo disse...

Mais um poema ímpar, de qualidade extrema de uma voz poética absolutamente extraordinária, não apenas na reinvenção do poético, como ainda no modo como as palavras escavam a latência e a profundidade verso a verso, ponte a ponte.

J. Bettencourt

Graça Pires disse...

"sei do avanço do tempo e do sal sobre o torso da tristeza
mas iluminam-me as pontes que invento
em verbos onde jorram varandas janelas
na altitude do amor
no sem resto das lâmpadas livres
pois se reergo pontes é para respirar"
Belíssimo poema. É o que sei.
Um beijo.

luís filipe pereira disse...

Cara Poeta Graça Pires, é com prazer imenso que a recebem os meus textos neste espaço, pois muito aprecio a sua Poesia. Bem haja!

A todos,
grato, filipe

Anónimo disse...

Admirável o modo como o poema é concebido como valência eufórica que transmuda, conquanto apontando-a, a matéria sígnica da disforia, outra modalidade de vislumbre das Pontes...

Parabéns

M. Martelo

. intemporal . disse...

.

.

. sei.te de cor .

.

. e esculpo a sede in.finita à tona d`água .

.

. sei.te da mágoa .

.

. sei.te da frágua .

.

.

. mas sei.te .

.

.

. entre.dedos.tarsos.de.espera .

.

. na quimera mimética que vogalizas consoante a consoante lírica da anarquia .

.

. pudesse eu ser em mim todos os dias num só dia .

.

.

. feliz pelo teu re.gresso e peço a Deus e só peço que seja para ficares .

.

. neste . e em outros lugares .

.

. onde és asa.nunca.rasa da palavra mayor .

.

. abraço .

.

. paulo .

.

.

Anónimo disse...

"mas invento extravagantes estacas

a fim de amparar a água fala a fala" e como ampara a beleza, a intensidade das águas magníficas em que mergulha a sua singularíssima fala poética.


J. Queirós

luís filipe pereira disse...

Caro Paulo a quem admiro a intemporalidade heurística, a quem agradeço os súbitos clarões com que lê, de forma efervescente, os meus poemas.

grato, a todos
filipe

Anónimo disse...

"mas iluminam-me as pontes que invento
em verbos onde jorram varandas janelas
na altitude do amor"
e
ilumina-nos a nós que temos o raro privilégio de ler a sua poesia e de assomar às suas reverberantes "varandas e janelas".
bem haja

R. Pedreira

dade amorim disse...

Um poema magnífico, Luís Filipe, que merece várias releituras.
Sentia falta de vir aqui. Mesmo lutanto contra o tempo, é preciso inventar mais tempo.

Grande abraço

Anónimo disse...

Meu Mestre
Meu Amigo Luis Filipe,
Mais um poema. Um POEMA. Os seus poemas não são para se lerem, repito-me, mas para se irem lendo. Li-o apenas uma vez - Magnífico!
Mas há que lê-lo mais vezes, verso a verso, palavra a palavra. "Les paroles toujours les paroles" que o LF dedilha com o vituosismo de um guitarrista arrancando-lhe sons, imagens, odores e... pontes que unem e separam. Pontes que ligam margens que, tantas vezes, por medo não atravessamos.
Obg. LF
SANI

luís filipe pereira disse...

Sempre de novo, agradeço-vos os ecos e pontes ... Retribuo o abraço e agradeço a gentileza de Dade Amorim....
Estimada Maria Saturnino, Querrida amiga Sani, eis-me muito agradecido pelas suas palavras que sempre vêm insuflar ânimo nas palavras que lanço, nas pontes que invento, grato pelas leituras e releituras e que sempre encontre motivos para regressar com sua sensibilidade, sabedoria e delicadeza.
grato a todos,
filipe

Eleonora Marino Duarte disse...

caríssimo luís,


"apesar das ruínas e da morte..." assim como Sophia de Melo Breyner Andresen, você tem entre as mãos os sonhos mais intensos e as razões mais profundas.


belíssimo verso, belíssimo!

emocionou-me ao ponto das lágrimas.

grande abraço, grande poeta!

Anónimo disse...

"amparar a água fala a fala
"
metáfora fascinante (entre várias verdadeiramente antológicas que nos surpreendem ao longo do poema) do trabalho poético, do ofício inventivo de instaurar pontes, mediações, estacas de sentido.
Parabéns,

T. vilaverde

Anónimo disse...

Em "As Pontos" Luís Filipe surge mais uma vez como o Poeta das construções e metamorfoses exemplares, como o mágico da palavra.
Lemos, com deslumbramento sempre renovado, as combinações únicas, as metáforas inesperadas:
-"estacas que amaparam a água fala a fala"
-"estrondos de balas sob o sono dos braços"
E que dizer da mestria das aliteraçôes?
"lábios e punhais flores e faluas fomes e pulsos"
em que a sonoridade forte de punhos e pulsos enquadra e satura de suavidade flores, faluas, fomes.
Obrigada Filipe
Salica

luís filipe pereira disse...

a todos, intensamente, volto (em revolare sempre primeiro)a agradecer as palavras que lanceis, outras pontes, sobre este poema. à Prof. T. Vilaverde, à sensibilidade poética e afectuosa da escritora Betina Moraes............À Professora Doutora Isabel Clemente, Minha Amiga Maior, destinatária do que escrevo ad infinitum, posfaciadora sublime do meu livro A Tela do Mundo que no seu comentário a este poema evoca algo de precioso que´sobre mim escrevera nesse posfácio ("mágico das palavras"), que volta a ver por dentro a eufonia dos versos e a insuflar de ânimo o que vou escrevendo, partilhando sob a figura de pontes.

grato a todos,

filipe

Anónimo disse...

"no sem resto das lâmpadas livres", resta este poema, obra de arte incrível, do L. Filipe!

J. Morais

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Ótima descoberta nesta manhã solar, o teu blog! Pousei aqui através de uma visita ao blog da Ana Guimarães... e estou desfrutando de tuas postagens. Deixo abraços alados, azuis e poéticos!

Luís Galego disse...

agradeço o seu comentário no meu blog, mas não é que venho aqui encontar um espaço maravilhoso, um local de boa escrita. um abraço e um muito obrigado pelo Seu Talento.

Anónimo disse...

Brilhante poema com uma cuidada bipartição em que os versos sublevam a disforia das imagens opressoras e dilacerantes, pejadas de tristeza, ruína e grito, metamorfoseando-as em pontes solares que o poema levanta: pulsos, faluas que rasgam o horizonte iluminante que o poema é em seu fulgor inventivo.
brilhante.
I. M. Figueiredo

Virgínia do Carmo disse...

Belíssima a sua escrita, Filipe...

As pontes são mesmo um símbolo maior de como podemos superar os abismos que nos inquietam...

Deixo um abraço e a minha admiração

luís filipe pereira disse...

A todos, com profundo reconhecimento, agradeço os ecos-pontes, a amabilidade, as leituras, o gosto partilhado pelo poético.

grato,
filipe

Anónimo disse...

uma ímpar capacidade metafórica, imagética aliando-.se a uma reflexão riquíssima sobre a tríade: sujeito poético-poema-leitores, na busca de charneiras, de pontes,

Carmelo

A disse...

Luis Filipe

Parabens pelo belíssimo poema.
Continuo a vir aqui como quem ergue pontes: para poder respirar.

Grande abraço.

a l e p h

luís filipe pereira disse...

caro «Aleph»,primeiramente dizer-lhe da imensa saudade que tenho de ler a sua poesia, que muitíssimo admiro, depois, agradecer-lhe as palavras sobre este poema e, sobremaneira, agradecer-lhe o sabê-lo presente como leitor, um enorme privilégio, da minha escrita. grato pelo ânimo alveolar.

grato a todos,
filipe

Anónimo disse...

Estas pontes, estimado poeta, é de novo sentir o encantamento por esse 'admirável mundo novo´ para que a sua poesia transporta.
Bravo!


Jorge A. Oliveira

São disse...

Que se saiba da qualidade execelente da sua poesia, pois merece!

Um bom final de semana.

Anónimo disse...

"sei que os muros visitam a viuvez das madrugadas

sei que espadas iluminam a extensa cegueira do meu corpo

sei que são de sangue as grades como um grito de socorro


mas construo hieróglifos de claridade"
porque a coordenada adversativa se transfigura e já não assume tanto o efeito de antítese, mas, sobretudo, de ponte, de ligação entre as margens de sombra que o poema traz à presença e as de luz que é o trabalho sublimiar do poema.
Excelente poema.

S. Rodrigues

. intemporal . disse...

.

.

. hoje . por ora . res.guardo no #intemporal# um momento . também para Si .

.

.

. abraço.O .

.

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luís filipe pereira disse...

Agradeço-lhe São a visita, esperando que possa tornar-se a primeira de outras;
Paulo, gratíssimo pelo eco intemporal.

a todos muito grato,
filipe

Unknown disse...

Estás vivo e escreve sol.
Mais do que nunca o nome do teu lugar veio-me à mente.
Acompanhei passo a passo as emoções descritas até que elas entrassem aqui por dentro e fizessem o trabalho (e os dias( construído pela ponte chamada poesia.
Admirei a "mudez igual a um país de pedra", enquanto ela se desfazia em imagem da ponte que nunca se consolidará, jamais terminará.
Uma sintonia perfeita entre palavras, cores, imagens e metáforas. Parabéns, meu poeta e amigo.

luís filipe pereira disse...

Caríssimo escritor e amigo Djabal, é sempre com a sensação de privilégio e gratidão que leio os seus ecos, as «pontes» exegéticas que, em virtude da sua apurada sensibilidade e profunda sabedoria literária, abre, extraordinariamente, no que escrevo.
grato,
filipe

Anónimo disse...

Contra a mudez, a lembrar a estância de Camões sobre "a gente surda e endurecida" d'Os Lusíadas, o L. Filipe Pereira erige pontes de sentido que mergulham raízes nas metáforas e eufonias mais sábias e capazes de abrir fracturas luminosas nesse "país de pedra", espécie de "ponte partida" do poema Em Deus de F. Pessoa.
Magnífico, pois.

I. Ramalho

Anónimo disse...

Estou de volta ao seu Poema ( é um dom esse poder que a sua poesia tem de suscitar infindáveis evocações...)e descubro nele a magia metafórica do trabalho poético e, ademais, do vínculo que erige com os leitores, via pontes lançadas verso a verso.
T. Cadete

luís filipe pereira disse...

de novo & sempre agradeço a todos os ecos/pontes que divisaram, exprimindo-os, neste poema e que, muítissimo, o enobrecem. Obrigado Profª T, Cadete pela gentil revisitação.
grato,
filipe

Anónimo disse...

Caro Luís Filipe, como sempre, revisito o poema, releio, reintrepreto. Enriqueço.

Mas nesta visita deixo também um convite para uma experiência recente: http://vistoaestaluz.blogspot.com/

Abraço
A l e p h

Raul disse...

AS PONTES, um hino à vida, pela convicção, pela certeza absoluta e condicional.

sei, sei, sei... mas iluminam-me as pontes

Que sejam erguidas pontes diárias e que os muros derrubados

um abraço
Raúl

luís filipe pereira disse...

a todos, meu maior e inteiro agradecimento.
filipe

Carlos Ricardo Soares disse...

Luís Filipe,

surpreendentes e magistrais,estas pontes são-no em acepções dinâmicas de voos lançados sobre distâncias indeterminadas, de fora para dentro e de dentro para fora, sobre vãos e relevos, sobre vazios e sobre muralhas que o são mas de nada protegem.
Um abraço

luís filipe pereira disse...

Eis-me grato caro poeta Carlos Soares pelo eco fundo e que tanto enobrece e amplifica de sentidos este poema.
saudações poéticas
filipe

Anónimo disse...

Estas pontes são, sem dúvida, um monumento poético: admirável!
carmen Carvalho

Anónimo disse...

Um Grande escritor, um excepcional Poeta, contrutor de "hieróglifos de claridade" e de Pontes.

A. Amaral

Anónimo disse...

Porque o Luís Filipe Pereira faz de cada verso uma ponte e de cada palavra um pilar e de cada sílaba uma pedra, sempre primeira, é um fascínio poético, literário, estético que nos interpela à conação (inspirando-nos ao agir, à poiesis), à emoção (com intensidade absolutamente ímpar) e à congnição (dá-nos exemplarmente a ver o quê? do poema, do seu gerar-se, porque encontro tudo isso e o tanto mais nesta poesia, leio e releio os seus poemas.
T. Cadete

Valquíria Calado disse...

•*♥ڰۣ¸.•*♥ڿڰۣ✿ڿڰۣ¸.•*♥ڿڿ•*♥ڰۣ¸.•*

Sobre o amor

Fácil de acontecer, difícil é descrever.
Amar é sentir sem querer, é querer sem perceber.
Fugaz ou duradouro, não importa o tempo, o que vale é o sentimento.
Que o eterno seja pra sempre, mesmo que seja breve.
Sobre o amor é tudo que não sei, daquilo que já sei.

Fim de semana de luz e paz,
abraço.

ڿ•*♥ڰۣ¸.•*♥ڿڰۣ✿ڿڰۣ¸.•*♥ڿڿ•*♥ڰۣ¸.•*♥ڿڰۣڿڰۣ

Brasileiros enlutados ♥♥♥♥♥♥♥♥♥...


ڿ•*♥ڰۣ¸.•*♥ڿڰۣ✿ڿڰۣ¸.•*♥ڿڿ•*♥ڰۣ¸.•*♥ڿڰۣ

Salete Cardozo Cochinsky disse...

Olá Luís Felipe
Bom estar aqui e ler uma poesia tão bela. Tão realista do ponto de vista do que sejam as emoções que nos tomam, quanto nos propósitos que temos que estar revendo e disponível para cumprir.
Tenhas claros que esses elementos que referes estão a tua, a nossa, a disposição daquele que deseja.
Beijos

luís filipe pereira disse...

A todos, de novo e sempre, muito obrigado pelos ecos que tanto enobrecem este poema.

grato,
filipe

Unknown disse...

Que seríamos nós, sem as pontes? Sim. Inventam-se estacas que moram, seguram e elevam as pontes. A segurança. Atravessamos as pontes e sentimos as luzes das ruas e das casas, até aquelas que nos acompanham, as da própria ponte. Chegamos ao lado de lá. Depois, se olharmos para trás, encontramos o ponto do lado de cá. Dois mundos, num só: lá e cá; cá e lá. Tanto faz. Num e noutro, a "mudez igual a um país de pedra".
No entanto,insiste-se. Pois: "se reergo pontes é para respirar".
E respira-se, sim.
Mil abraços ao verbo "respirar" e ao amigo escritor, Luís Filipe.
Excelente momento de leitura.

F.Apolinário

Salete Cardozo Cochinsky disse...

Referências poéticas bem elaboradas.
As pontes, sim, são elas que permitem-nos atravesar os vales cujos quais sem as pontes não poderíamos transpor.
Palavras pontes que se iluminam com poesia.
Um belo recurso. Parabéns
Salete

luís filipe pereira disse...

eis-me de novo e sempre grato às pontes que vossos ecos de leituram edificam, agragando-se assim ao gesto do poema. Grato à Fernanda Apolinário, à Salete Cardozo Chochinsky, a todos que tanto têm enriquecido os versos destas "PONTES".
filipe

Ana Guimarães disse...

Luís Felipe, jurava que tinha deixado um comentário aqui, sobre esse (maravilhoso) texto, mas não estou vendo-o. Agora o que me instiga é por que você não mais postou em seu blog? Pontes foram construídas.
Um grande abraço,
Ana

Unknown disse...

Há muito que aqui não vinha ( confesso). Andei nos meus arquivos de mensagens à sua procura para me deleitar com o que escreve.
É bom que continue a existir e a cosntruir pontes entre nós :)
Abraço bloguista

Branca disse...

Olá Luís Filipe,

Um convite para uma belíssima exposição na minha terra Natal de nome "Intertextualidades", fez-me lembrar este espaço que muitas vezes me vem à memória e felizmente que voltei a encontrá-lo e a guardar o link, porque me apetecia muito revê-lo. Espero que a exposição tenha a ver também contigo e só tenho pena de estar fora até dia 17 e não poder passar na mesma. No entanto ainda há uma hipótese remota, uma vez que terei que me deslocar propositadamente para votar.

Beijinhos e volta porque gostamos dos teus textos e da tua criatividade.

Branca

luís filipe pereira disse...

A todos,sempre muito reconhecido, agradeço o modo como têm prolongado estas "Pontes"

grato, filipe

Anónimo disse...

nas margens do poema abrem-se janelas, nascem caminhos de palavras que, letra a letra, erguem pontes de esperanças. só a luz do amanhã me dirá se são efémeros sonhos ou se o tempo se reinventa, realmente, em mim. (elogio do sonho onde posso respirar. obrigado rui

luís filipe pereira disse...

Eis-me grato Rui, habitante generoso e constante deste espaço partilhado, pela sensibilidade às traves destas Pontes.

Anónimo disse...

SUblime!
As pontes, este poema eleva-nos e abre-nos ligações para margens inabituais, aquelas que o poema, maravilhosamente, cria.

R.Pedreira

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

QUE bom lê-lo , rápido e depois demorar-me nas palavras passo a passo . Ausentar-me da ordem do mundo e dos saberes pobres e ficar-me com o saber da palavra poética.
Um gosto , Poeta!

JRMarto

luís filipe pereira disse...

A todos e sempre com renovado ânimo, agradeço os gestos que têm tornado mais ricos os alicerces deste poema "Pontes"....
Caro José Ribeiro Mato, eis-me sensibilizado e grato pelas suas palavras.

grato,
filipe

Anónimo disse...

Olá, Luís Felipe,

descobrindo os teus poemas e encantando-me com o que leio. Este belo "As Pontes" surpreende-me pela beleza de certas sonoridades (soam estrondos de balas sob o sono dos braços, de imagens e metáforas (a viuvez das madrugadas... hieróglifos de claridade...) e pela inteligência da metalinguagem. Continua assim, sempre inspirado!

Parabéns!

luís filipe pereira disse...

eis-me grato às palavras, ecos/intensidades de André Bessa.
Bem haja!
filipe